Study for Technical, Economical and Environmental Pre-viability for the Metropolitan Waterway Ring

The State Government of São Paulo quoted the Study for Technical, Economical and Environmental Pre-viability for the Metropolitan Waterway Ring of Greater São Paulo. This study was issued by the Waterway Department of the State Secretariat for Logistics and Transportation in 2009.

At the University of Sao Paulo, the Grupo Metrópole Fluvial and the Faculty of Architecture and Urbanism researched, developed and articulated the architectural and urban plan aspects for the water channel project, in 2011.

THE PROJECT

The Metropolitan Waterway Ring of São Paulo is a network of navigable canals composed by the rivers Tietê and Pinheiros, the reservoirs Billings and Taiaçupeba and an artificial canal connecting these reservoirs, adding up to 170km (105 miles) of urban waterways.

The proposal developed by FAU USP is based on the idea of water multiple uses, established by the National Politics for Water Resources (Política Nacional de Recursos Hídricos), which considers water as a public good and a limited natural resource that must be rationalized and diversified in a manner to allow its use by everyone. This policy foresees waterway transportation in the integrated management of water, aiming at a sustainable urban development.

Transforming the main rivers into waterways and its margins into main metropolitan public spaces, the public character of São Paulo's water is reinforced. Thereby, urban rivers become routes for passengers and cargo transportation, places for leisure and tourism, besides contributing to the urban macro drainage. Therefore, functional, educative and playful areas are created to the benefit of the population.

The Waterway project is also aligned with the guidelines of the National Policy for Urban Mobility (Política Nacional de Mobilidade Urbana), which has in its objectives contribute to the universal accessibility to the city and to mitigate environmental, economic and social costs of people and cargo displacement. Closely related to urban development and social welfare, goods moved in the city are considered in this study as public and commercial loads that travel in the urban environment.

The implementation of the Metropolitan Waterway is justified by the transportation of urban waste, here called Public Cargo. This definition follows the directives of the Waste National Policy (Política Nacional de Resíduos Sólidos), sanctioned in 2010, that establishes the government as the responsible to the development of an integrated management of urban waste plan, that includes collection, transportation, transshipment, treatment and environmentally adequate final destination. A network of ports along the waterway was proposed, in which the cargo deposited in the origin ports are transported through the canals towards the destination ports, the Tri-ports, where the waste is selected, recycled, processed, bio-digested or reutilized and, in the last instance, incinerated. For the year 2040, there is the possibility that the fluvial system makes feasible the policy of zero landfill.

GUIDING CONCEPTS

  1. establish the urban rivers as axis to a planned urbanization associated with public spaces (fluvial squares, parks and boulevards);

  2. consolidate a territory with urban environmental quality on its riversides, containing infrastructure, public equipments and social housing;

  3. inland navigation: the origin and destiny ports are placed within the urbanized area.

  4. fluvial navigation in shallow and narrow canals, confined by artificial barriers;

  5. urban fluvial transportation of public cargo;

  6. reverse logistics: market reinsertion of the waste transformed into raw materials.

FLUVIAL CARGO

Public

  • Dredging sediments from canals and lakes (pioneer public cargo);
  • sludge from Sewage Treatment Stations and Water Treatment Stations;
  • urban garbage;
  • demolition debris;
  • earth: soil and rocks from excavation.

Commercial

  • Raw materials processed from waste at the Tri-ports (pioneer commercial cargo);
  • civil construction supplies;
  • produce, dairy and eggs.

PORTS

Origin: dredging-ports, sludge-ports, trans-ports and eco-ports
Destiny: tri-ports
Passengers: tourism and reservoirs crossings

NUMBERS

170 Km / 105 miles (extension)
20 Locks
3 subsystems
3 tri-ports
14 trans-ports
60 eco-ports
36 dredging-ports
4 mud-ports
24 passengers ports

ARTICULAÇÃO ARQUITETÔNICA E URBANÍSTICA DOS ESTUDOS DE PRÉ-VIABILIDADE TÉCNICA, ECONÔMICA E AMBIENTAL

O Governo do Estado de São Paulo licitou em 2009 o Estudo de Pré-Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental do Hidroanel Metropolitano de São Paulo, através do Departamento Hidroviário da Secretaria Estadual de Logística e Transportes (Licitação No DH-008/2009).

A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, através do Grupo Metrópole Fluvial, realizou em 2011 a articulação arquitetônica e urbanística deste Estudo.

O PROJETO

O Hidroanel Metropolitano de São Paulo é uma rede de vias navegáveis composta pelos rios Tietê e Pinheiros, represas Billings e Taiaçupeba, além de um canal artificial ligando essas represas, totalizando 170km de hidrovias urbanas.

O projeto desenvolvido pela FAU USP se baseia no conceito de uso múltiplo das águas, estabelecido na Política Nacional de Recursos Hídricos, que considera as águas um bem público e um recurso natural limitado, cujo uso deve ser racionalizado e diversificado de maneira a permitir seu acesso a todos. Esta Política prevê o transporte hidroviário na utilização integrada dos recursos hídricos, visando um desenvolvimento urbano sustentável.

Ao transformar os principais rios da cidade em hidrovias, e considerando também suas margens como espaço público principal da metrópole, o caráter público das águas de São Paulo é reforçado. Dessa forma, os rios urbanos se colocam como vias para transporte de cargas e passageiros, uso turístico e de lazer, além de contribuir para a regularização da macrodrenagem urbana. Criam-se, assim, áreas funcionais e lúdicas para a população.

O projeto do Hidroanel também está alinhado às diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, que tem entre seus objetivos contribuir para o acesso universal à cidade e mitigar custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e bens. Intimamente relacionados com o desenvolvimento urbano e bem estar social, os bens deslocados na cidade são compreendidos no Estudo de Pré-viabilidade do Hidroanel como sendo as cargas públicas e comerciais que transitam no meio urbano.

As cargas públicas consideradas neste estudo são sedimentos de dragagem de canais e lagos; lodo de ETEs e ETAs; lixo urbano; entulho; terra – solo e rocha de escavação. Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a gestão integrada destas cargas é de responsabilidade do poder público. Estas devem ser, além de coletadas e transportadas, triadas e enviadas à destinos ambientalmente adequados. Esta política é orientada sob os conceitos de Logística Reversa, instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios, destinado a facilitar a coleta e restituição dos resíduos sólidos a empreendimentos de cunho público ou privado. Dessa forma, os resíduos podem ser reaproveitados no ciclo de fabricação de novos produtos, na forma de insumos, visando a redução e não geração de rejeitos ou incineração.

CONCEITOS NORTEADORES

  1. reestabelecer os rios urbanos como principais eixos estruturadores das cidades, com parques, praças e bulevares fluviais às suas margens.

  2. consolidação de um território com qualidade ambiental urbana nas orlas fluviais, que comporte infraestrutura, equipamentos públicos e habitação social.

  3. navegação fluvial urbana: portos de origem e destino inseridos na área urbana.

  4. navegação fluvial em canais estreitos e rasos em águas restritas (confinadas entre barreiras artificiais).

  5. transporte fluvial urbano de cargas públicas.

  6. logística reversa: reinserção no mercado dos resíduos sólidos transformados em matéria prima.

CARGAS FLUVIAIS

Públicas

  • Sedimentos de dragagem de canais e lagos (carga pública pioneira)
  • lodo das ETEs e ETAs
  • lixo urbano
  • entulho
  • terra: solos e rochas de escavações

Comerciais

  • resíduos sólidos reversíveis comercializáveis, processados nos Tri-portos (carga comercial pioneira)
  • insumos para construção civil
  • hortifrutigranjeiros

PORTOS

Origem: draga-portos, lodo-portos, trans-portos e eco-portos
Destino: tri-portos
Passageiros: turismo, travessias lacustres em represas

NÚMEROS

170 Km de Extensão
20 Eclusas
3 Subsistemas
3 Tri-portos
14 Trans-portos
60 Eco-portos
36 Draga-portos
4 Lodo-portos
24 Portos passageiros

2011 Articulação Arquitetônica e Urbanística dos Estudos de Pré-viabilidade do Hidroanel Metropolitano de São Paulo | Créditos